Viajar sem o bebê

Quem me acompanha no Instagram (@vestidademae) soube que dias atrás viajei para Cancún sem o marido nem o Nicolas. Foi uma oportunidade de trabalho, recebi o convite para conhecer a estrutura de alguns hotéis em Cancún para Destination Wedding e assim fazer reportagens para o outro blog, o Vestida de Noiva. Primeiro eu recusei a viagem, seriam muitos dias fora de casa, 6 noites mais exatamente. Depois aceitei com a condição de levar o Nicolas e a babá, assim eles poderiam se divertir na piscina enquanto eu cumpro os compromissos e reuniões de trabalho, mas ao mesmo tempo conseguiria passar tempo com ele. Daí recebi a notícia de que ambos os hotéis que eu ficaria hospedada não aceitam crianças. Enfim resolvi aceitar a viagem, era uma oportunidade de trabalho, um destino que eu nunca havia ido na vida e eu não gosto de fechar portas. Para piorar, no dia anterior ao meu embarque, eu tinha uma palestra em um evento de noivas em outra cidade, interior de São Paulo, e também não pude ficar o dia inteiro agarradinha ao Nicolas. Quando saí de casa para a palestra já me despedi dele, porque eu só voltaria a noite, ele já estaria dormindo, e naquela mesma madrugada embarcaria para o México. Eu estava completamente emotiva porque adoro tê-lo por perto, acompanhar o dia a dia, agarrar e encher de beijos. Chorei muito. Quando pedi um beijo e ele me deu um beijo gostoso na minha bochecha, desmoronei de tanto chorar.

Mas quer saber a verdade? Não foi nenhum fim de mundo! Deu tudo certo e sentir um pouco de saudades também é bom! Ele tinha todo o apoio em casa da minha funcionária do lar e babá durante o dia, o pai à noite, a tia que vinha visitar. O que eu fiquei mais triste foi perder a primeira festinha de coleguinha da escola e a festinha de 1 ano do filho de uma amiga super querida. Viagem à trabalho sempre tem destas coisas, a gente acaba perdendo alguns eventos familiares e de amigos.

Mas fora isso, confesso que foi muito mais tranquilo do que eu imaginava. Foi bom para eu descansar um pouco, foi bom para o Nicolas ter mais contato com a tia, ficar sozinho com o pai, foi bom para todo mundo. Considero que hoje em dia, com as novas tecnologias, é muito mais fácil driblar a distância também. Anos atrás fazer uma ligação do telefone do hotel era uma fortuna, ligávamos correndo só para falar que chegamos bem, lembram? Hoje tem WhatsApp e FaceTime! Eu falava com a babá durante o dia para saber se estava tudo bem, fazia FaceTime com Nicolas e o pai de vez em quando, dá para matar a saudades e acompanhar o que está acontecendo. Eu tenho câmeras em casa também, mas não fico olhando o tempo todo senão a gente não faz mais nada da vida. Foi maravilhoso fazer FaceTime com Nicolas, ele abria um sorriso quando me via, isso não tem preço. E eu não caí no choro nem nada porque sabia que ele estava bem, todos estavam bem. Só realmente fiquei emocionada de chorar no último dia, quando a babá contou que ele estava falando bastante “mamãe”, devia estar com saudades. Daí meu coração apertou.

Para a viagem dar certo, precisei organizar a logística da casa e compartilho abaixo com vocês:

1) Os documentos do Nicolas como RG e carteirinha do plano de saúde ficaram num lugar bem acessível da casa, em cima da estante da casa, junto com um pouco de dinheiro, para qualquer emergência.

2) Comprei as comidinhas saudáveis congeladas da Que Papá, que o Nicolas come super bem, e deixei o congelador abastecido. Assim eu tinha certeza que ele estava comendo saudável e bem equilibrado, sem precisar me preocupar com o cardápio durante a semana que fiquei fora.

3) O pai precisou chegar mais tarde no trabalho dele para levar Nicolas para escola. Quem buscava o Nicolas era a babá. Eu instalei o aplicativo do 99 táxi no celular dela, já com os dados do meu cartão de créditos para pagamento (o número de cartão de crédito não aparece), assim ela podia ir e voltar de táxi para escola do Nicolas sem eu precisar me preocupar ou deixar dinheiro. Cada vez que ela usa o táxi, recebo o comprovante do dia, horário e valor, é muito prático.

De resto Nicolas tinha a mesma rotina em casa de ir para escola – almoçar em casa – sonequinha – brincar – tomar banho – jantar – passear de carrinho – tomar mamadeira – dormir, nada mudou, só não tinha eu junto, mas tudo funcionou super bem.

Eu não faço questão de viajar sem Nicolas, eu amo viajar com ele e por enquanto nem tenho planos de viagem só com o marido sem o bebê. Mas sinto que estou mais preparada emocionalmente e que tudo dá certo para a hora que eu quiser viajar novamente à trabalho ou só com o marido.

(Na época da viagem, Nicolas estava com 1 ano e 5 meses).

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