Hipertensão arterial na gestação: o que devemos saber

Por: Dra. Geovana Basso

A hipertensão arterial, também chamada de pressão alta, acomete mulheres de todas as idades e na gestação é um mal que pode comprometer a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Diagnosticar este problema é muito importante.

Vamos entender o que é a hipertensão gestacional, os sintomas e consequências da doença e saber o que devemos fazer para se prevenir?

A hipertensão arterial pode acompanhar a gestação de duas maneiras: ou a mulher já era hipertensa no momento que engravidou, ou desenvolve a hipertensão somente na gestação. O aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação (em mulheres que nunca haviam antes demonstrado o problema) é chamada de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG). A duas, embora caracterizadas por hipertensão, são bem diferentes. A doença hipertensiva específica da gravidez pode ser:

1. Pré-eclâmpsia: que é o aumento da pressão arterial e eliminação de proteína pela urina. Normalmente, essa complicação começa depois da 20a semana de gravidez.

2. Eclâmpsia: que é a pressão arterial muito elevada e com sintomas graves, como convulsões. Nesse estágio da DHEG, a vida da mãe e do bebê entram em risco.

Os sinais e sintomas de alerta

1. Pressão sanguínea muito alta (Pressão maior ou igual a 140/90 mmHg, ou seja, que 14 por 9)

4. Proteinúria (perda de proteína na urina), detectada no exame de urina 3. Inchaço (lembrar que o inchaço isolado não é sinal da doença)

2. Dores de cabeça e abdominais, tonturas, visão borrada, escotomas (visão comprometida com pontos brilhantes), náuseas e vômitos

Tratamento

O objetivo do tratamento é preservar a saúde da mãe e do bebê. A gestante deve seguir as recomendações:

1. Cuidados com alimentação (alimentação saudável – sem fast food, sem excesso de sal)

2. Cuidados com ganho de peso (não ganhar peso excessivamente na gestação)

3. Acompanhamento regular com médico, ou seja, fazer o pré-natal corretamente.

Se mesmo com esses cuidados a pressão não for controlada, os remédios serão necessários. E por fim, se os sintomas da eclâmpsia estão evidentes, é necessário o nascimento do bebê por um parto induzido. Caso contrário, o bebe e a mãe correm o risco de morte.

É importante lembrar que a saúde do bebê não é comprometida quando a mãe está com a pré-eclâmpsia controlada. Mas, se não for tratada, e a gestante chegar ao estágio de eclâmpsia, o risco da perda da criança é alto.

Dicas importantes:

Se você já é hipertensa e deseja engravidar, deve conversar com seu médico (clínico, nefrologista ou cardiologista) e ser avaliada minuciosamente antes da concepção. Muitas vezes, optamos por trocar o anti-hipertensivo que a mulher já usava por outro medicamento mais apropriado para a gestação.

Se você é gestante, faça o seu pré-natal regularmente. Pergunte ao seu médico obstetra como esta a sua pressão. É esta consulta que assegura a sua saúde e a do seu bebê.

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